terça-feira, 20 de julho de 2010

De molho!!

Ou quase!! Passo a explicar, andava desde quarta-feira da semana passada a fazer febre, baixa, que combatia com uns comprimidos, e lá passava o dia, com algum custo.Diga-se que andei a conduzir com febre.

Passava o efeito do dito, e lá vinha ela outra vez, mais a má disposição, dores no corpo, nas articulações, frio, (no Verão!!), e mais outro comprimido. E isto até segunda-feira, quando lá decidi ir ás urgências.

Acontece que quem vai ao hospital a Ponte de Lima, não tem a sorte de encontrar um médico português;  Ou porque não há ou então porque eles apenas querem trabalhar nos grandes centros. Não ponho em causa o profissionalismo dos médicos espanhóis, mas reparei que muita gente saía dos consultórios sem saber o que os médicos tinham dito...

Quanto a mim resta-me ir tomar o antibiótico, pois está na hora...

Um abraço e saúde...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Calor infernal!!

É verdade, está um calor infernal; 

Já não sei que fazer para me refrescar durante o dia, pois 95% do tempo do meu trabalho é passado ao sol. 

Beber água é com fartura, até ela ficar quente; molhar a roupa e a toalhinha que tenho no camião e andar com ela na cabeça.... tendo em mente de que não posso perder muitos líquidos sem que estes não sejam repostos para evitar um estado de stress hídrico. Á muitos anos que não sei o que é ter férias no verão... melhores dias virão... até lá.... temos de ser duros...

Boas férias para quem as tens e bom trabalho para quem não tem essa sorte!

domingo, 4 de julho de 2010

Um povo...

Ao fim de mais de cem anos, estas palavras ainda se tornam tão reais:


"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora,
aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas;um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde
está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula,
não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.

Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador; e este, finalmente,
tornado absoluto pela abdicação unânime do País.

A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções,
incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
 
 Guerra Junqueiro, 1896.

 ... enfim... cumprimentos...